martes, 28 de junio de 2011

Traduzindo-me / Traduciéndome

                           Avalancha y tormenta de la aurora: Rosita Catalina Isaza Cantor

Vou me traduzir em flocos de paixão perdida
nos rostos frios que ainda persistem na memória...
Vou me traduzir no silêncio e na angustia daquele que espera
e deixar que seja a vida que me interprete à vontade.

Falarei de mim mesma nas línguas que já esqueceram os humanos
para me reencontrar perdida,
como sempre,
como agora,
na sintaxe de um homem qualquer,
do nome que não saberei pronunciar...

Vou me traduzir no silêncio,
no esquecimento e na ausência;
nos traços que nos afastam de nossa pele
e que nos tiram a carne e a espalham nos confins de um universo qualquer...

Não sei se saberei falar de mim mesma
e dividir com alguém o que fica de humanidade dentro da alma,
mas vou me traduzir essencialmente como espera:
lei da não-ação que me devora a alma
enquanto os traços murchos e os fios cinza   percorrem
-cruéis carícias-
a silueta que passa pela terra que piso...


_____________

Voy a traducirme en copos de pasión perdida

en los rostros que aún persisten en la memoria…
Voy a traducirme en el silencio y en la angustia de aquel que espera
y permitirle a la vida interpretarme a su antojo.

Hablaré de mí misma en las lenguas que los humanos ya olvidaron
para reencontrarme perdida,
como siempre,
como ahora,
en la sintaxis de un hombre cualquiera,
del nombre que no sé si sabré pronunciar…

Voy a traducirme en el silencio,
en el olvido y la ausencia;
en las huellas que nos alejan de nuestra piel
y que nos quitan la carne y la esparcen en los confines de un universo cualquiera…

No sé si sabré hablar de mí misma
y  dividir con alguien lo que queda de humano dentro del alma,
pero voy a traducirme esencialmente como espera:
ley de la no-acción que me devora el alma
mientras las huellas marchitas y los hilos ceniza recorren
-crueles caricias-
la silueta que pasa por la tierra que piso…

lunes, 27 de junio de 2011

Self


         Reflejos de nuestra alma: Rosita Catalina Isaza Cantor

Saberte siempre una gota en el inmenso río:
todos tomamos nuestra parte en el correr del agua.
No hay una gota que llene más que otra
No hay una gota que sobre o que falte.
Simplemente hay gotas que están y son.

Se  evapora la lucha por saber
quién se acerca más a la humedad.

viernes, 24 de junio de 2011

Blanca


  El mármol fue ave alguna vez
           Maria Zambrano
                                                                                       

Incansable
ávida  de espera
abre la locura de sus alas
al aliento ya cansado del silencio

Ella
la  garza
así
incansable
sin premura
susurra las palabras del ocaso

martes, 14 de junio de 2011

Lua cheia de gêmeos

Têm passado tantas coisas desde a última lua cheia, a de Touro...


                                          Foto: Rosita Catalina Isaza

Ele foi embora e voltou. Eu fui embora, mas ainda não voltei... Estou na espera e na certeza, na paz amorosa que derrama a liberdade... 
Ela me deu seu abrigo de mãe cósmica além das distâncias; eu aceitei seu ventre secreto...
Uma triple união se confirmou no meio da vibração infinita da música das esferas, no meio do cosmos; o arco-íris brilhou porque “o Sol iluminou o Coração da Terra”...



                                       Foto: Boris Petrovic

Vivi os reencontros maravilhosos que nos traz a vida, surpresas, viagens e novas idéias...
Voltei às minhas origens terrestres deste ciclo, para confirmar que o cosmos é minha única pátria possível: sou cidadã desse cosmos, viajante perpetua  pelas galáxias da unidade. Pertenço a um lugar sem tempo, sem espaço, sem fronteiras...
Vibrei com a música milenar dos amigos que moram no centro do meu ser há milênios, da família que me emprestou a vida nesta sua etapa maravilhosa...
Semeei a árvore que leva tatuado o nome de um pai, em cujas veias corre a sábia de uma mãe, os que a vida me ofereceu de presente...
Vibrei no acorde múltiplo do único momento que temos para ser: o presente maravilhoso...


                                        Foto: Giovanni Fierro

E ainda senti o fôlego das luas precedentes, a inesquecível vibração dos ecos eternos refletidos nessa esfera-pêndulo, maravilhosa e profunda...




                                  Foto: Boris Petrovic

Nossa! Quanta coisa em tão só uma volta que a lua nos oferece em seu caminhar cósmico com cheiro de queijo, pó estelar e saudades...

martes, 7 de junio de 2011

O conhecimento é universal, a sabedoria é una



Às vezes fico pensando se a questão dos direitos intelectuais e de autor, não é  outra forma da nossa sociedade de enaltecer o Ego do “pensador” e do “criador”. A sabedoria, o conhecimento e a arte, são patrimônio universal, coletivo. Numa procura pela difusão dos ideais e pela unificação, toda a informação deveria ser de livre acesso...

Tudo está contido nos campos superiores, imateriais, a gente é só um canal para sua difusão, somos catadores de idéias, materializadores de sonhos que existem além do tempo e do espaço.